Olá, gente animada e pronta para mais um ano letivo!
Tudo bem por ai?
Hoje trouxe uma reflexão sobre o planejamento docente, sabe né? Aquela nossa velha e burocrática conhecida papelada! Você também pensa assim? Pois é, você e muita gente. Mas enganei todos. Adoro planejamento escolar e não acho que deve ser visto como burocracia e sim como um auxílio para as aulas que começarão em breve.
Pois é, no momento (ou e breve) muitos professores estarão recebendo as atribuições de salas e descobrindo qual aventura enfrentarão neste ano letivo. E ai é a hora de começar o planejamento.
Bom, primeiro precisamos esmiuçar o conceito de planejamento, para quem não sabe ter mais uma oportunidade de aprender. Planejar é um ato bastante comum em nossa sociedade, os humanos planejam desde os primórdios desse mundão, portanto não é um verbo exclusivo da Pedagogia.
Planejar, elaborar um plano, programar, montar um roteiro.
Nós mesmos, agora no início do ano, tecemos vários planos sobre como gostaríamos que os acontecimentos fossem direcionados. Então, apenas compreendendo o conceito, já podemos imaginar do que se trata, porque na Educação não existe nada que não passe por um planejamento, e se existe, pode apostar que está errado!
Quando planejamos demonstramos a intenção de fazer algo - não trabalhamos com acontecimentos aleatórios - e a escola, por definição, trabalha com a intencionalidade do aprendizado.
Em contrapartida, a palavra planejamento pode causar confusão, uma vez que vários documentos na área pedagógica podem ser classificados como um planejamento. O próprio "Projeto Político Pedagógico", que contém a proposta pedagógica, é um planejamento escolar! Onde encontramos, por exemplo, o conteúdos curriculares oferecidos pela escola, o seu currículo e a metodologia utilizada pela instituição.
Uma pausa: Então a escola pode elaborar o planejamento que quiser?
Não exatamente. A escola possui autonomia, porém não soberania. Portanto o seu Projeto Político Pedagógico deve ter características e intencionalidades próprias, mas deve ser regido por um plano de educação do Estado, como por exemplo o PNE - Plano Nacional de Educação.
Porém, não vim conversar sobre o PPP, que aliás é uma ótima ideia de pauta, e sim sobre aquele planejamento que nós, professores, fazemos anualmente. Que é aquele roteiro onde organizamos tudo que pretendemos ministrar em aula e quais objetivos pretendemos alcançar com esses conteúdos. Ele também pode ser chamado de Plano de Ensino, Plano de Curso, Plano de Unidades e a LDB aborda com o nome de Plano de Trabalho. Mas fiquem atentos para não confundir com Plano de Aula, que aí é outra coisa!
Montar o planejamento anual não é nenhum "bicho de 7 cabeças", porém é algo trabalhoso, e por isso tem muitas empresas que vendem planejamentos prontos, para "facilitar" a vida dos professores. Coloquei o verbo facilitar entre aspas porque na verdade não vejo muita vantagem em comprar algo que não seja personalizado ao seu método de trabalho. Afinal, quando montamos o planejamento estamos nos apropriando das nossas ideias e definindo o que será transmitido aos nossos alunos, portanto é melhor que seja uma escolha nossa, e não de uma empresa qualquer que nem conhece a sua escola!
Uma pausa: Então o professor pode elaborar o planejamento que quiser?
Não exatamente. Muitas escolas oferecem autonomia aos professores, para escolherem suas estratégias e recursos, porém o planejamento deve estar de acordo com o currículo escolar e com as diretrizes vigentes da Educação - no momento a BNCC.
Como iniciar o planejamento?
Se você está começando na carreira, ou até mesmo em uma escola nova, o ideal é solicitar o modelo estrutural do planejamento docente daquela instituição. Nele você verá que constam alguns itens a serem desenvolvidos no documento.
São eles: Bimestre ou trimestre a ser trabalhado, o componente curricular (que costumávamos chamar de disciplina) e a área de estudo, o nome do professor, e a divisão dos conteúdos roteirizados com as habilidades que pretendemos desenvolver e as competências a serem alcançadas pelos alunos.
Além disto, costuma ser solicitado uma justificativa (porque trabalhar aquele conteúdo?) e as formas de avaliação daquele trabalho, para saber se os objetivos foram alcançados ao longo do período.
Esse roteiro pode seccionado em períodos ou componentes, ou até mesmo ambos, dependendo do modelo da escola onde você trabalha. Segue um modelo simples, clique para visualizar:
Ainda há insegurança para montar o seu planejamento?
Conheça a Proposta Pedagógica da escola - Sua linha procedimental deve estar de acordo com os valores da instituição que você trabalha
Converse com a sua coordenador - Ela é sua parceira de trabalho e saberá te orientar sobre os melhores caminhos, e tudo bem solicitar outros planejamentos para consultar se a insegurança bater, só lembre-se de fazer o seu trabalho e não uma cópia do trabalho de outro professor
Consulte sempre a BNCC - Sim, a BNCC é o sua maior aliada no caminho do planejamento! E lembre-se que ela é apenas uma base para tudo que você vai trabalhar. Você pode, e deve, ir muito além dos conteúdos lá apresentados!
Pois é, o planejamento dá trabalho, mas é construindo um bom plano de ação que você terá segurança para ministrar suas aulas com propriedade e garantir o sucesso dos seus objetivos em sala de aula.
E vamos falar a verdade: Você não se tornou professor (a) porque era um trabalho fácil né?
Força!
Beijos, M.
🔑 Espero que tenha gostado do conteúdo.
Para escrever este texto consultei diversas fontes: Google, Portal do Mec, Revista Nova Escola e Canal Estúdio. A chave do sucesso é consultar outras fontes você também!