O ato de avaliar

Olha eu aqui novamente!
Pois é, como estou frequentemente no computador por conta da nova formação pedagógica, decidi trazer para o blog um pouco do conteúdo que estou estudando no momento. Dentre a extensa lista de cursos sugeridos pela SEDUC, escolhi um curso sobre AVALIAÇÃO, da plataforma Escolas Conectadas, das autoras Alessandra Novak e Aline Soares. Quando terminei o curso pensei que, além do assunto cair em concurso, ele é ótimo para refletirmos sobre a nossa prática pedagógica! Por isso trarei um pequeno resumo e um conselho; FAÇAM ESSE CURSO! Vale muito a pena.

Como estamos elaborando as nossas avaliações?
Elas respondem o que nós precisamos saber sobre o aprendizado dos alunos?
São avaliações úteis e produtivas ou apenas fantasmas que amedrontam os alunos a cada final de fase?

Quando pensamos em avaliação, e quando utilizo o plural refiro-me principalmente a nós, professores do início do milênio que estávamos na condição de alunos, literalmente, no século passado, é normal que automaticamente lembremos das terríveis provas de final de bimestre. 

A nossa forma de pensar a avaliação é muito prejudicada pela nossa experiência como aluno, que hoje é arcaica e ineficaz. Portanto, aprender como, e porque, avaliar é um desafio para os docentes que são frutos de uma pedagogia tradicional. A avaliação é um processo dinâmico que tem como função informar a todos (alunos e professores) como a aprendizagem está se desenvolvendo.

 A avaliação também é aprendizagem 

Hoje sabemos que avaliar é um ato contínuo, proveitoso, e que deve ter estratégias distintas para cada faixa etária. Já conversamos aqui sobre o ato de avaliar na Educação Infantil, mas mesmo em cada momento da educação deve-se pensar a avaliação de maneira que ela tenha um propósito, e que nunca seja um motivo para punir ou aterrorizar alunos! O foco da avaliação não deve ser uma pontuação, e sim um caminho para que o professor planeje as suas aulas dentro das necessidades da turma, e assim ajudar os alunos a conquistarem uma aprendizagem efetiva!

Sim, é a partir das avaliações que podemos verificar, não só se os estudantes aprenderam, mas principalmente se nós professores ensinamos! Por isso a avaliação não pode apenas ser feita ao fim de um ciclo, e sim durante todo o processo de aprendizagem.

Então avaliar é uma responsabilidade exclusiva do professor? Não, cabe à escola, além de oferecer educação de qualidade, oportunizar diferentes meios para avaliar se os objetivos propostos por cada etapa foram alcançados. E como cada aluno constrói seu conhecimento de formas particulares é importante trazer formatos avaliativos diversos, coerentes e em diferentes contextos, para que a avaliação não segregue alunos e leve em consideração as habilidades e competências individuais.

Como a avaliação é constante tudo produzido em sala de aula é passível de ser avaliado!

Variando os instrumentos de avaliação

Existem diversas formas de avaliar que vão muito além daquela "prova" objetiva geralmente aplicada ao fim de um conteúdo. Claro que avaliações objetivas podem ser utilizadas também, mas é importante para o professor utilizar outros recursos, mais inclusivos, interessantes e eficazes.

 Jogos 
 Teatro 
 Produções particulares
 Portfólios
 Atividade lúdicas
 Produções coletivas
 Debates
 Seminários e apresentações
 Participação em aula

Além de variar nos instrumentos avaliativos os professores precisam compreender que existem diferentes modalidades de avaliação: Diagnóstica, formativa e somativa.

Avaliação diagnóstica
A avaliação diagnóstica, como o próprio nome diz, trata de um diagnóstico dos conhecimentos prévios dos alunos. Normalmente é feita no início de cada ciclo escolar para que, a partir dos resultados demonstrados, possa ser organizado o planejamento. Ela também pode ser utilizada no início de novos conteúdos. Na alfabetização, por exemplo, utilizamos a avaliação diagnóstica para identificar a hipótese de escrita onde a criança se encontra, sendo feita mensalmente, e de preferência de forma individual.

Avaliação formativa
A avaliação formativa serve para informar, tanto o professor quanto o aluno, sobre o desempenho durante as aulas, para, a partir daí, elaborar novas estratégias de ensino de acordo com a necessidade. Essa coleta de dados pode ser feita de variadas formas (instrumentos diversos) e utilizada durante todo o ano letivo.

Avaliação somativa
A avaliação somativa é aquela que determina o grau de aprendizado alcançado ao final de um período (que pode ser bimestral, anual, ou até mesmo no término de uma unidade de ensino). É a avaliação que demostra o que conseguimos alcançar durante todo o processo.

Cada avaliação tem a sua intenção, e o ideal é que estejamos sempre trabalhando com todas as modalidades, a fim de obter mais informações e traçar planos com mais qualidade.
Infelizmente o que vemos em muitas escolas são professores que trabalham apenas com avaliações somativas, perdendo a chance de utilizar outras avaliações como recursos para um planejamento mais eficaz. 

Importante
  • Os estudantes precisam sempre saber como e quando serão avaliados (esse negócio de prova surpresa não é avaliação, é instrumento de tortura);
  • Os estudantes precisam compreender o que se espera avaliar e o que está proposto na avaliação, portanto questões do tipo "pegadinhas", além de mal vistas, são inúteis para o planejamento docente; 
  • Sempre planejar as avaliações de forma que elas demonstrem exatamente o que o professor precisa saber sobre o desempenho do aluno, se você quer saber se o aluno sabe "descrever", não adianta elaborar uma questão para "identificar", utilize os objetivos adequados à sua necessidade!

Para não esquecer

Esse assunto cai bastante em concurso, e eu sempre confundia a formativa com a somativa. Então comecei a colocar lembretes para tentar assimilar o conteúdo sem confusão, e o que mais surtiu efeito nas provas pra mim foi pensar da seguinte forma:

Colocar em ordem alfabética
Diagnóstica - começo (informações de onde partir os ensinamentos)
Formativa - meio (como está o meio do percurso, pegamos o caminho certo?)
Somativa - fim (chegamos onde queríamos?)





Claro que um curso de 10 h tem muito mais conteúdo do que esse "resuminho" que apresentei aqui, como por exemplo a avaliação por rubricas, a confiabilidade das avaliações, argumentação e autoconhecimento, além do feedback das mesmas para o aluno e sua família, mas já deu para perceber como é um conteúdo rico e de suma importância na vida de qualquer docente.

Portanto se liga na indicação certeira #ficadica 
Curso Avaliação de aprendizagem para o anos iniciais

Depois colocarei aqui dicas de outros cursos.
Será um mês de janeiro de muito aprendizado!

Beijos, M.